quarta-feira, 9 de março de 2011
Quem é que não se lembra disto?
Era o primeiro dia de aulas do 2º C e a setôra pediu aos alunos que contassem alguma coisa sobre si.
Dizia-se que esta escola estava assombrada pelo fantasma do Reitor Simões. Também havia um cão, o Birinhas, que andava sempre atrás da D. Isabel ou a ladrar à beira das salas.
Enquanto a Outra dava matéria, estavam praticamente todos distraídos, a Flávia desenhava florzinhas à volta do exercício, o João Nuno ouvia o Zé Pedro e o Ezequiel era o único que estava atento à aula. A Outra fez uma experiência com água, azeite e uma flor. A setôra foi buscar mais água e os alunos ficaram sozinhos na sala, e aproveitaram para baptizar o esqueleto que estava na sala, com o nome de Magalhães, e deitaram-lhe pela cabeça a baixo a água, o azeite e a flor, e logo de seguida a Outra entra e vê tudo aquilo e até acha piada.
Chegou o dia de elegerem o delegado de turma, e os votos foram: 1 para o Ezequiel, 1 para o Camões e 24 para o Magalhães.
A Rosalina chega à sala e conta o sonho que teve com quase todos os setôres.
Da sala onde estavam a ter aulas vê-se a casa do ministro, e a sua empregada anda sempre a espreitar à janela, e a turma do 2ºC anda sempre a vigiá-la. Algum tempo depois falha a luz, e pegaram em velas e em isqueiros para iluminar a sala. Eles estavam a fazer trabalhos para o Natal, mas tiveram que os fazer às escuras. Quase no final da aula chega a luz. Olham para os seus trabalhos e vêem que estão todos mal feitos, o Menino Jesus estava com um olho de cada cor, o bordado da Alzirinha dizia «Menino Jasus» …
Passaram-se as férias do Natal e quando recomeçaram as aulas todos tinham novidades para contar.
A setôra de Inglês tinha um pavão colorido, que tomava o pequeno-almoço com ela, e que aprendeu a falar inglês com a dona. O pavão vinha para a janela despedir-se de dona que ia dar aulas.
Nesse dia lá foi a Flávia para a escola, à chuva, a ler o jornal. Chegando à escola mostrou aos colegas as notícia que vinham no jornal, 6 gémeos que nasceram na Suécia, uma freira que fugira do Convento, uma bailarina que torcera o pé no palco, tiveram todos a lamentar as desgraças.
O dia de Carnaval chegou. Todos foram vestidos de formas diferentes, vestidos de Camões, a Flávia foi vestida como uma antepassada sua, outro foi vestido de Dinossaurus-Rex, outra foi vestida de princesa.
Em História tinha chegado à lição 50 e, como era quase impossível chegar à 100, resolveram comemorar com uma peça de teatro, sobre os reis de Portugal. No dia seguinte fizeram uma visita de estudo a um monte com a Inês de Castro. A meio perderam-se, mas a setôra encontrou-os depois de já terem encontrado uma galinha, a Filipa. Levaram-na para a escola.
O setôra de História tinha programado uma visita de estudo a um Museu, mas como estavam todos os setôres ocupados, foram sozinhos. O guarda do Museu não os queria deixar entrar por não irem com o setôr. Acabaram por telefonar à Outra, e ela foi ao Museu falar com o guarda. O guarda finalmente deixou-os entrar.
A Outra ficou de baixa e resolveram fazer-lhe uma surpresa e foram todos a casa dela. Tocaram à campainha de casa da Outra, ela abriu a porta e estiveram para lá a falar. Algum tempo depois vieram embora.
Na aula de Educação Física fizeram um jogo de futebol: 2ºC vs Baleias. Baleias ganhavam por 124-0, mas a Alzirinha salva a sua equipa ao marcar um golo. Depois de acabar o jogo viram o Birinhas comer a Filipa. Enterraram-na no quintal.
As aulas terminaram e tiveram todos a pensar no futuro. O João Nuno disse que ia comprar um barco e tornar-se pirata. A Flávia disse que quando fosse velhinha ia num cruzeiro às Caraíbas. O Ezequiel disse que ia ser ministro. A Alzirinha disse que ia ficar a ler «Os Lusíadas». A Luzinha disse que ia visitar o país onde nasceu. E o Zé Pedro ia trabalhar nas estufas.
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Gostou deste livro, já tinha percebido! Já lá vai uma ano, passa depressa, não é Bruna?
ResponderEliminarpois é professora.
ResponderEliminartem toda a razão.